IBGE quer reduzir em 25% orçamento para realizar o Censo Demográfico de 2020
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) estuda alternativas para reduzir em 25% o orçamento para o Censo Demográfico 2020, pesquisa que detalha informações sobre a população brasileira. O corte, diz a instituição, respeita diretriz de restrições orçamentárias do governo.
O censo foi orçado inicialmente em R$ 3,4 bilhões, mas, já no governo Michel Temer, a direção do IBGE encontrava dificuldades para aprovar o valor. A maior parte dos recursos é destinada à contratação de recenseadores, com o objetivo de visitar todos os domicílios brasileiros.
“O objetivo do IBGE é realizar um Censo menos custoso, com qualidade e sem perda da informação”, afirmou em nota o instituto. Segundo o IBGE, parte das informações poderia ser coletada por amostragem, ou seja, com perguntas a um conjunto menor de pessoas que represente a população de determinada região.
O último Censo Demográfico foi realizado em 2010. Segundo o cronograma original, a maior parte dos gastos com a nova pesquisa se daria em 2020, quando os recenseadores estarão nas ruas coletando os dados.
“No governo federal como um todo, a diretriz é de restrições orçamentárias e a realização do Censo requer a aprovação de orçamento pela União”, disse o IBGE nesta terça (9). “A operação está sendo revista, de modo a ter um custo cerca de 25% menor do que a previsão inicial.”
Durante posse da nova presidente do instituto, Susana Cordeiro Guerra, o ministro da Economia, Paulo Guedes, sugeriu a busca por alternativas para realizar a pesquisa, dentre elas a venda de edifícios do IBGE para levantar recursos.
“Falta dinheiro para o Censo, mas o presidente fica de frente para o Pão de Açúcar, a diretoria fica no Centro e a turma da ralação fica aqui”, afirmou, em discurso em um dos edifícios ocupados pelo instituto, no Maracanã, zona norte do Rio.