Com exportações de arroz aquecidas, mercado mantém tendência de alta
O mercado brasileiro de arroz encerra a segunda semana de março mostrando força novamente nos preços. Na média do Rio Grande do Sul, principal referencial nacional, a saca de 50 quilos do cereal em casca encerrou o dia 10 cotada a R$ 75,06, alta de 1,15% em relação a semana passada, 8,22% mais alto frente ao mesmo período do mês anterior e 11,95% inferior quando comparado ao mesmo período do ano passado.
Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Gabriel Viana, o cenário é positivo para a temporada 2022/23. “As exportações seguem ganhando força e enxugam a oferta doméstica, que carrega estoques elevados da última temporada”, destaca.
O line-up, a programação de embarques nos portos brasileiros, projeta a exportação de 208 mil de toneladas de arroz para março no porto de Rio Grande, conforme levantamento realizado por SAFRAS & Mercado. “Em fevereiro, foram embarcadas 170 mil toneladas”, lembra Viana.
O sexto levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra brasileira 2021/22 de arroz indica produção de 10,348 milhões de toneladas, o que representa um decréscimo de 12,1% sobre as 11,766 milhões de toneladas de 2020/21. No levantamento anterior, foram 10,565 milhões de toneladas.
A área plantada com arroz na temporada 2021/22 foi estimada em 1,638 milhão de hectares, ante 1,679 milhão semeados na safra 2020/21. A produtividade das lavouras foi estimada em 6.314 quilos por hectare, inferior em 9,9% aos 7.007 quilos por hectare na temporada passada.
O Rio Grande do Sul, principal Estado produtor, deve ter uma safra de 7,155 milhões de toneladas, equivalendo a um recuo de 13,6%. A área prevista é de 957,4 mil hectares, ante 946 mil em 2020/21, com rendimento esperado de 7.474 quilos por hectare, ante 8.750 quilos da anterior
Rodrigo Ramos/ Agência SAFRAS
