Sono: mais de 65% dos brasileiros relatam ter dificuldade para dormir

Um estudo realizado por pesquisadores da USP e da Unifesp e publicado na revista Sleep Epidemiology mostra que mais de 65% dos brasileiros têm problemas de sono. De acordo com os resultados, o gênero e o lugar onde se vive são fatores de risco para a insônia no Brasil.

Participaram da pesquisa 2.635 homens e mulheres de 18 anos ou mais que vivem em cidades das cinco regiões do país. Eles responderam ao questionário PSQI (Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh, em tradução livre). Quanto mais próximo de zero for a pontuação de uma pessoa no PSQI, melhor é o seu sono. Valores superiores a 5 indicam sono ruim. A pontuação média do brasileiro foi 7,3.

De forma geral, as mulheres apresentaram 10% mais chances de ter problemas para dormir do que os homens. A probabilidade de quem mora no Centro-Oeste, do Sudeste e do Sul ter pior qualidade de sono é 12% maior do que entre os moradores das regiões Norte e Nordeste.

Para aferir a qualidade do sono, a pesquisa levou em consideração os seguintes fatores relacionados ao sono: duração (falta ou excesso), regularidade interrupções durante a noite) e estado (leve, profundo e REM). A satisfação pessoal com o sono também foi considerada.

Entre as causas citadas espontaneamente pelos entrevistados como responsáveis pelas noites maldormidas estão: o diagnóstico de apneia, síndrome das pernas inquietas ou narcolepsia, o uso de celular e computador antes de dormir e a ausência do parceiro na mesma cama.

A privação de sono tem inúmeras consequências para a saúde física e mental. Está relacionada à queda na imunidade e ao aumento no risco de desenvolver diabetes, obesidade, demência, ansiedade e depressão. Quem dorme mal, também costuma a produzir pouco Nosso cérebro se reorganiza com boas horas de sono, como um computador depois de ser reiniciado.

 

 

 

 

fonte Revista Oeste