Saúde classifica varíola do macaco como ameaça de excepcional gravidade no Brasil

O Ministério da Saúde, por meio do Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública: COE Monkeypox, divulgou um plano de contingência para a varíola do macaco. No documento, a doença é classificada como nível III no Brasil: uma ameaça de relevância nacional com impacto sobre diferentes esferas de gestão do SUS, exigindo uma ampla resposta governamental, constituindo uma situação de excepcional gravidade, podendo culminar na Declaração de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin).

De acordo com o COE Monkeypox, os níveis vão de I a III. O mais elevado é adequado para o Brasil, segundo o Centro, pois já existem casos confirmados da doença no país, com transmissão comunitária, e ainda não há no território nacional disponibilidade de medidas de imunização e tratamento contra a complicação.

Cada nível é baseado na avaliação do risco da doença e seu impacto para a saúde pública e serviços do SUS, levando em consideração a transmissibilidade da complicação, agravamento dos casos confirmados, vulnerabilidade da população, incluindo imunidade pré-existente, grupos-alvo com maiores taxas de ataque ou maior risco de agravamento da enfermidade, disponibilidade de medidas preventivas (como vacinas e possíveis tratamentos), recomendações da OMS e evidências científicas.

Até essa segunda-feira, o Rio Grande do Sul contabilizava 21 casos de varíola do macaco. As confirmações da doença são distribuídas em 11 cidades gaúchas. Canoas (2), Caxias do Sul (2), Esteio (1), Garibaldi (1), Igrejinha (1), Novo Hamburgo (2), Passo Fundo (1), Porto Alegre (5), São Marcos (1), Uruguaiana (1) e Viamão (3).

Sintomas e transmissão da varíola do macaco

A erupção cutânea (lesões, bolhas, crostas) em diferentes formas é um dos principais sintomas da varíola do macaco e pode afetar todo o corpo, incluindo rosto, palmas e plantas e órgãos genitais.

A transmissão acontece por meio de contato direto ou indireto com gotículas respiratórias, mas principalmente através do contato com lesões de pele de pessoas contaminadas ou com objetos e superfícies contaminadas. O período de transmissão se encerra quando as crostas das lesões desaparecem.

 

 

Fonte Correio do Povo