A ponderação, contudo, é de que é possível, caso tenha a concordância do presidente Jair Bolsonaro, retomar o horário de verão a partir de 2023.
O horário de verão costumava ter início no terceiro domingo do mês de outubro, o que, neste ano, pode ser em meio à campanha do segundo turno.
Os técnicos do governo federal ainda lembram que, caso seja tomada a decisão, o anúncio precisa ser feito com dois meses de antecedência do início para que as empresas, bancos e serviços possam se preparar.
Ou seja, segundo integrantes do governo, sem avaliação final até agora do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a medida fica inviável para este ano.
A reanálise sobre o tema foi um pedido do Ministério de Minas e Energia para o ONS. Em nota, o ONS disse no mês passado que não tem expectativa de adoção do horário de verão para 2022.
“O ONS busca, em caráter permanente, alternativas para aprimorar as políticas públicas voltadas para o setor elétrico brasileiro. Sendo assim, o estudo solicitado sobre a viabilidade do horário de verão é atualizado anualmente para que seja avaliada a efetividade da implantação da medida”, afirmou.
A eventual mudança é baseada em uma alteração da curva de energia elétrica com o deslocamento da demanda máxima decorrente da crescente participação da geração solar distribuída.
O pedido de reanálise partiu de técnicos do Ministério de Minas Energia com a indagação sobre o possível benefício que a volta do horário de verão poderia gerar aos consumidores de energia solar nos horários de pico.
Desde o ano passado, integrantes do segmento empresarial de turismo, alimentação e bebida têm solicitado a integrantes do governo o retorno do horário de verão.