Brasil registra deflação pelo terceiro mês seguido
O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação oficial do País, ficou em -0,29% em setembro. Esse foi o terceiro mês seguido de deflação e a menor variação para o período desde o início da série histórica, em 1980.
Desde 1998, o País não registrava três meses seguidos de deflação. No ano, o IPCA acumula alta de 4,09% e, nos últimos 12 meses, de 7,17%, abaixo dos 8,73% observados nos 12 meses imediatamente anteriores, segundo os dados divulgados nesta terça-feira (11) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em setembro de 2021, a variação havia sido de 1,16%.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, quatro tiveram queda no mês passado. Apesar de recuar menos do que em agosto, o grupo transportes (-1,98%) contribuiu novamente com o impacto negativo mais intenso sobre o IPCA do mês: -0,41 ponto percentual. Assim como nos meses anteriores, o resultado é consequência da redução nos preços dos combustíveis (-8,50%), principalmente da gasolina (-8,33%).
Na sequência, vieram comunicação (-2,08%) e alimentação e bebidas (-0,51%), ambos com -0,11 ponto percentual. Além disso, o grupo artigos de residência, que havia subido 0,42% em agosto, recuou 0,13% em setembro.
No lado das altas, destacam-se os grupos vestuário (1,77%), com a maior variação positiva do mês, e despesas pessoais (0,95%), com a maior contribuição positiva (0,10 ponto percentual). Os demais grupos ficaram entre os índices de 0,12%, de educação, e de 0,60%, de habitação.