Carnaval vai injetar R$ 8,18 bilhões na economia brasileira, diz CNC
O Carnaval de 2023 vai movimentar R$ 8,18 bilhões no turismo brasileiro, um valor 26,9% maior que o ano passado, mas 3,3% abaixo do mesmo período de 2020, no começo da pandemia de Covi-19. A estimativa foi feita pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e divulgada nesta quarta-feira, 25, ao apontar que em 2021 houve uma queda de 43% nas receitas relativas à festa devido às medidas de restrição de circulação de pessoas e suspensão das atividades de lazer em função da pandemia. O volume financeiro do período foi estimado em R$ 4,82 bilhões à época.
Em 2022, o faturamento foi de R$ 6,45 bilhões, 24% abaixo do patamar de 2020, antes da pandemia. Naquele período, a entrada de turistas estrangeiros nos meses de fevereiro foi de 672 mil em 2020, 36 mil em 2021 e 254 mil em 2022. Os gastos foram, respectivamente, de US$ 478 milhões, US$ 211 milhões e US$ 359 milhões. Segundo o presidente da CNC, José Roberto Tadros, o principal obstáculo ao restabelecimento das receitas ao nível pré-pandemia é o atual contexto econômico menos favorável.
“Os reajustes de preços de praticamente todos os segmentos, o aumento significativo da taxa de juros e o alto comprometimento da renda com dívidas fazem com que os gastos com lazer sejam comedidos, mas ainda assim consideravelmente maiores do que em 2021”, diz.
PREÇOS
Viajar, por exemplo, está mais caro que no ano passado. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou alta de 23,53% nas passagens aéreas, em 2022. A hospedagem aumentou 18,21%, e os pacotes turísticos ficaram 17,16% mais caros. As três variações se projetaram acima do nível geral de preços, que subiu 5,79%.
Por outro lado, a demanda por serviços turísticos deve gerar oferta de 24,6 mil vagas temporárias no carnaval deste ano, segundo a CNC. São 9,4 mil postos a mais do que em 2021, mas 1,5 mil a menos que que no último carnaval antes da pandemia. A maior quantidade de vagas temporárias para os festejos ocorreu em 2014, quando a proximidade entre o evento e a Copa do Mundo estimulou a contratação de 55,6 mil profissionais.
Fonte Rádio Guaíba