Cpers faz ato em Porto Alegre por revisão salarial e melhorias no IPE
Servidores ligados ao Cpers Sindicato realizaram na manhã desta sexta-feira, em Porto Alegre, um ato reunindo representantes dos 42 núcleos no Rio Grande do Sul, reivindicando o cumprimento de diversas pautas da categoria. Por volta de três mil pessoas estiveram presentes, de acordo com a organização. A mobilização, iniciada com uma caminhada junto à sede do IPE Saúde e encerrada em frente ao Palácio Piratini.
“A assembleia coloca mais uma vez em pauta a necessidade de o governo abrir diálogo e negociação sobre a questão salarial. Nossos funcionários de escola estão para além do limite das suas forças, e estão sendo massacrados por uma política que joga eles na miséria”, afirmou o 1º vice-presidente do Cpers, Alex Saratt, acrescentando a necessidade do magistério de uma revisão geral de salários.
Ele não descartou a discussão sobre um possível estado de greve, citando que, em outros estados, já há paralisação dos docentes. “É um debate que vamos iniciar na categoria, para que reflitamos sobre o conjunto de situações que estamos vivenciando. O governo estadual não dialoga e nem negocia. É preciso haver propostas concretas, e, portanto, falta vontade política do governo para que possam ser resolvidos todos os problemas que se apresentam para a educação pública”, comentou ele.
Além do salário básico na carreira de R$ 1,5 mil, o Cpers busca que não haja desconto, no completivo para atingimento do mínimo regional, de verbas indenizatórias para trabalhos insalubres. Conforme Saratt, é uma maneira de atender às demandas da categoria, “há praticamente dez anos sem nenhum reajuste”, disse. O movimento também cobrou do governo Eduardo Leite melhorias no IPE Saúde, o qual o vice-presidente afirmou haver falta de médicos, clínicas e hospitais credenciados.
Também alega “dificuldade nos atendimentos”, mesmo com a recente reestruturação da autarquia. “Chegamos a um ponto em que a reforma do IPE parece quase um estelionato frente aos segurados”, criticou ele. “Apontávamos desde o ano passado que a verdadeira reforma do IPE passava pelo aumento de salários e, consequentemente, aumento da arrecadação. O governo só trabalhou a primeira parte, com o aumento da alíquota de contribuição”. Procurados, a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) e o IPE Saúde ainda não se manifestaram sobre o ato.
Fonte Correio do Povo