Em audiência pública na Câmara, DNIT explanou mudanças na Ponte do Fandango
Em audiência pública que lotou as dependências da Câmara de Vereadores de Cachoeira na tarde desta terça-feira, o DNIT e a Construtora Cidade fizeram a explanação e cronograma das obras da Ponte do Fandango Os dados foram apresentados pelo superintendente do DNIT no RS, Hiratan Pinheiro da Silva, o engenheiro-chefe da unidade regional, João Carlos Tonett, pelo engenheiro Renan Chaves da Magna Engenharia, o diretor da Construtora Cidade Raul Leitão dos Santos. A audiência foi proposta através Comissão Especial de Acompanhamento da Reconstrução do Município do Legislativo Municipal.
A obra iniciará em outubro e terá duração total de 18 meses. Começará com a fundição da parte da ponte seca onde apresentaram as rachaduras. A recuperação iniciará por baixo, onde serão colocados os blocos pré-moldados, serviço que levará cerca de 10 meses. Durante esse período, o trânsito na Ponte seguirá como o atual, no sistema PARE E SIGA, para veículos de até 18 toneladas. Após, será realizada a elevação da ponte, através do sistema de macaqueamento na estrutura de ferro, que deverá durar sete dias.
Em seguida serão instaladas escadas para possibilitar a passagem a pé dos pedestres pela ponte. A balsa também será disponibilizada concomitantemente para assegurar a travessia dos veículos durante esse período.
Haverá a demolição da parte seca da ponte, no trecho entre o Viaduto do Bairro Fátima e o início propriamente da Ponte, para que ocorram as novas fundações com estacas raiz e sejam construídas estruturas pré-moldadas. O local ficará em torno de 150 dias sem tráfego.
Será necessária a demolição desta parte seca para que seja realizada a elevação da ponte. Então uma pista nova será providenciada e esta se encaixará com a altura da estrutura da ponte, processo que deverá durar em torno de cinco meses, período que a Ponte ficará sem tráfego total. Somente o serviço de balsa é quem fará a travessia no Rio Jacuí. Essa é a previsão da Construtora Cidade.
O projeto da nova ponte contempla uma nova passarela para pedestres – que hoje localiza-se no lado esquerda de quem sai de Cachoeira em direção a BR-290 – mas que será instalada no lado direito e para o lado de fora da ponte, o que dará a possibilidade de alargar a pista da ponte que hoje é de sete metros para quase oito metros.
O estudo prevê ainda que cerca de 500 a 600 pessoas realizem a travessia diariamente pelo acesso da escada. Ainda segundo o estudo hidrológico da Magna Engenharia, a última enchente causada por esse volume exorbitante de chuva que fez com que o Rio Jacuí atingisse o nível de 28,5 metros tem o risco de ocorrer a cada 50 anos em Cachoeira. Essa última enchente chegou a 29,55 metros.
A tonelagem máxima permitida para toda a estrutura passará a ser de 45 toneladas durante toda a sua extensão. Até então somente a Ponte do Fandango possuía a capacidade. Após a reforma essa limitação se estenderá também à parte seca.
Há a possibilidade de que a obra da Ponte aconteça em um momento posterior, junto à elevação dos acessos?
DNIT: Não é o ideal, pois a ponte é o principal, não havendo possibilidade de desvios caso haja comprometimento da estrutura em uma nova chuva.
com informações Fatos 24hs