Moradores do bairro Funcap conhecem projeto de ampliação de esgotamento sanitário
A Corsan reuniu na noite de quarta-feira, 11, líderes do bairro Funcap, em Cachoeira do Sul, onde deve iniciar na próxima semana a implantação da nova rede coletora de esgoto na cidade. O Programa Afluentes é um canal aberto de comunicação, quando a empresa se aproxima dos moradores, conhece suas necessidades e ouve sugestões.
O gestor de relações institucionais da Regional Centro da Corsan, João Corim, explicou que, segundo o projeto, não serão mais usadas caixas de calçada para a conexão da tubulação que sai da casa até a rede coletora da Corsan. “Usaremos um cano mais compacto chamado de terminal interno de ligação (TIL). Essa é a primeira etapa. É preciso aguardar um comunicado da Corsan para efetuar as ligações, pois, se ligar antes da rede estar pronta, o esgoto vai extravasar”, explicou ele.
Os moradores receberam o mapa indicando as ruas por onde a tubulação vai passar. Além da rede coletora e dos ramais prediais para ligação, será construída ainda uma elevatória para bombear os resíduos sólidos até a estação de tratamento de esgoto.
Representante do bairro, Julio Cesar Barros Vicente esclareceu aos moradores que a região não possui coleta e tratamento de esgoto, e que há um entendimento equivocado de que o bairro já contava com esse serviço. Ele advertiu para que os moradores não confundam e liguem o esgoto pluvial no cloacal, o que caracteriza crime ambiental. “O esgoto está chegando agora”, informou.
Já o diretor do CIEP Virgilino Jayme Zinn, onde aconteceu a reunião, Paulo Daniel Garin Bordignon, questionou os prazos que a empresa que executará a obra tem para fechar as valas e repor o pavimento. Corim tranquilizou os moradores esclarecendo que as ruas serão devidamente sinalizadas, que as valas são abertas e fechadas no mesmo dia e que as pedras serão recolocadas da forma como estavam antes.
A obra
A Corsan está investindo mais de R$ 1,7 milhão na ampliação do esgotamento sanitário do bairro Funcap. Até março de 2025, a cidade passará a contar com mais 6,5 quilômetros de rede coletora de esgoto, além da disponibilidade de 350 ligações, que são os pontos de conexão nas calçadas, por onde os moradores farão a interligação dos imóveis às novas tubulações quando elas estiverem prontas. Serão beneficiadas cerca de 1,4 mil pessoas da região.
A Planacom, empresa responsável pela obra, deverá iniciar as instalações das redes e dos ramais prediais na próxima semana pela Rua Botucaraí. A rede coletora também passará pela Avenida Dos Imigrantes e pelas ruas Júlio Luis Viegas, Travessa Capané, Lourenço Bandeira, Ovídio Trigo Loureiro, José Ferreira Neves e Francisco Soares da Costa.
Nesta quarta e quinta-feiras, 11 e 12, a equipe do trabalho técnico social da Corsan visita os moradores dessas ruas para informar sobre o início das obras. Os profissionais estarão identificados com crachá e colete azul, com a inscrição “A serviço da Corsan”. Em caso de chuva, o trabalho será transferido.
Todos os projetos da Companhia – tanto para abastecimento de água como para coleta e tratamento de esgoto – estão direcionados à universalização do saneamento básico previsto pelo Marco Legal do Saneamento, estabelecido por lei federal. Até 2033, 99% da população deverá ter acesso à água potável e 90%, à coleta e ao tratamento de esgoto. Para alcançar esta meta nos 317 municípios que atende no Rio Grande do Sul, a Corsan planeja investir R$ 1,5 bilhão por ano até lá.
Procedimentos
Quando uma rede de esgoto é concluída, os moradores recebem a visita técnica de agentes da Corsan e depois devem aguardar a notificação, por carta, para então providenciarem a interligação de suas casas à caixa de calçada e comunicarem a Companhia. O prazo para isso é de até 120 dias.
A partir do recebimento da notificação, quanto mais cedo forem feitas a interligação e a comunicação à Corsan, maiores serão o tempo para começar a cobrança da taxa de coleta e tratamento de esgoto e o desconto no valor referente ao início de funcionamento do serviço.
Depois do prazo de carência para que seja iniciada a cobrança da taxa de esgoto, o valor a ser pago mensalmente é equivalente a 70% do valor do consumo de água apontado na conta.
Quem não se interliga à rede dentro de 120 dias depois do recebimento da notificação pela Corsan passa a pagar uma taxa por disponibilidade da rede, que corresponde ao dobro do que seria cobrado no caso de o morador usar o serviço. Tanto o índice de 70% sobre o consumo de água quanto a taxa pela disponibilidade da rede, caso o morador não faça a interligação, são determinações feitas pela Agergs – a autarquia estadual que regula as normas de saneamento básico no Rio Grande do Sul.