Ghignatti promete verba para APAE, sem consultar Câmara diz Vereador Igor Noronha
O presidente da Câmara de Vereadores, vereador Igor Noronha, recebeu, a direção da APAE/Cachoeira do Sul. O presidente da entidade, Cláudio Petrucci, acompanhado do tesoureiro João Astor Schwerz, e a diretora administrativa, Mariglê Kasper, veio conversar com o parlamentar sobre sugestão do prefeito Sérgio Ghignatti para que a Câmara liberasse, neste ano, a verba que é repassada mensalmente à APAE.
O presidente da Câmara explicou aos diretores que a proposta, feita em reunião com os representantes da entidade e anunciadas em rádio local, não foi tratada diretamente com o Legislativo. “A Câmara não possui rubrica própria para isso, sendo necessário fazer o repasse ao Executivo para que seja então transferido para a APAE. Acredito que os 15 vereadores aprovariam a medida, pois todos nós reconhecemos a importância do trabalho da APAE. Porém, não temos como garantir que esse recurso chegaria a vocês. Ano passado, por exemplo, foi prometido que R$ 85 mil da nossa devolução de mais de R$ 1,5 milhão seria destinada às agroindústrias do município, que nada receberam”, acrescentou Igor.
Conforme documento entregue pela APAE, foi repassado, em reunião no Executivo, que o repasse mensal de R$ 12,5 mil seria descontado da sobra orçamentária do Legislativo, repassada ao final do ano à Prefeitura. “Como ex-presidente desta Casa, estranho a falta de diálogo entre os Poderes, pois sei que há uma série de procedimentos necessários dos dois lados para sua concretização”, disse Petrucci.
Segundo a diretora administrativa, a APAE tem buscado promover atividades para obtenção de recursos, como realização de jantares, pedágios sociais e outras ações, porém as estratégias têm sido utilizada por outras entidades, que também necessitam de apoio, o que dificulta a sua realização. “O que acontece, na verdade, é que todos os anos nós damos um jeito de arrecador recursos para cobrir nossos gastos, por isso o Executivo não está preocupado. Porém, caso não tenha o auxílio financeiro necessário terá de extinguir seus serviços, que são indispensáveis à melhoria da qualidade de vida das pessoas com deficiência”, destacou Mariglê.
O presidente da Câmara garantiu que irá analisar a stiação com os setores de contabilidade e jurídico da Casa para buscar uma alternativa para o caso. “O Legislativo cachoeirense trabalha com apenas 3% do orçamento do Município. Lamentamos que a APAE tenha que se socorrer da nossa ajuda para a manutenção dos seus serviços, que são fundamentais às pessoas com deficiência. Mas, por reconhecermos sua atuação, ainda que não nos caiba legalmente essa responsabilidade, vamos analisar um meio para não deixar que a entidade venha a encerrar suas atividades na cidade”, prometeu Igor.