Intenção de Consumo de Famílias gaúchas registra quinto aumento consecutivo
Pela quinta vez consecutiva, a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) registrou aumento no Rio Grande do Sul. Em abril deste ano, o índice foi de 92,0 pontos, alta de 23,4% em comparação com o mesmo período em 2018 e de 1,1% frente ao mês anterior. A média em 12 meses também registrou crescimento, alcançando 83,1 pontos. A pesquisa realizada em Porto Alegre e que abrangeu 600 famílias, foi divulgada nesta terça-feira (30/04), pela Fecomércio-RS.
Para o presidente da entidade, Luiz Carlos Bohn, embora o cenário esteja mais favorável neste período, uma melhora mais clara nas condições gerais da economia é fundamental para que a retomada da confiança das famílias ganhe fôlego. “Para ultrapassarmos a linha que avalia como pessimista a intenção de consumo, precisamos consolidar a recuperação econômica e isso passa por um mercado de trabalho em expansão e perspectivas realisticamente positivas para o futuro”, comenta.
Em abril de 2019, a percepção em relação à situação do emprego atingiu 116,5 pontos, com aumento de 19,8% em relação a abril de 2018 Este é o maior valor do indicador de emprego atual desde junho de 2015 (122,5 pontos), sendo a quinta elevação na margem. O índice está acima da linha da neutralidade tanto para famílias com renda de até dez salários mínimos, que representam 80% da mostra, como para aquelas que apresentam rendimentos superiores a dez salários mínimos. O indicador relativo à renda atual também apresentou aumento em relação a abril do ano passado (26,3%), registrando 106,0 pontos.
O indicador que avalia o nível de consumo atual manteve-se estável em 107,4 pontos, sendo consideravelmente maior (88,7%) em relação ao mesmo período do ano anterior, uma vez que em abril de 2018 o indicador registrava valor muito inferior (56,9 pontos). A avaliação quanto à perspectiva de consumo também permaneceu praticamente estável frente ao mês anterior, porém cresceu 47,2% em relação a abril de 2018, registrando 102,3 pontos. Assim, mesmo que a percepção quanto ao consumo atual e futuro esteja acima dos 100 pontos, os dados indicam que prevalece um comportamento cauteloso da famílias.
A percepção quanto ao acesso ao crédito pelas famílias ficou praticamente estável, mantendo-se em patamar pessimista com 70,3 pontos. Já o indicador que avalia o momento para consumo de bens duráveis, que registra níveis abaixo dos 100 pontos desde janeiro de 2015, teve avanço de 4,4% frente ao mês anterior e de 19,0% frente a abril do ano passado, registrando 62,7 pontos. “A aprovação do cadastro positivo deve contribuir para a percepção de contratação de crédito. Atualmente, sem certeza de uma renda estável, a população tende a não se sentir confiante para se comprometer com dívidas para o consumo de bens de maior valor, como os duráveis. Se as condições para a tomada de crédito para bons pagadores mudar, poderemos ver nos próximos meses um novo estímulo para esse mercado”, complementa Bohn.
Veja aqui a Análise Econômica do ICF.
Acesse aqui a pesquisa completa.