Agricultura emite alerta sanitário para aumento de focos de raiva por herbívoros
A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) emitiu alerta sanitário para raiva dos herbívoros e está orientando os produtores rurais a vacinarem ou revacinarem o rebanho para prevenir a doença. Até 22 de maio, a Divisão de Defesa de Sanidade Animal (DSA) da Seapdr registrou a incidência de 28 focos em 17 municípios, representando 82,3% de todos os 34 focos registrados em 24 municípios em 2018.
“A partir dessas informações, precisamos ficar alertas para que a estratégia de controle populacional dos morcegos consiga sucesso e impeça que a doença avance e cause grandes danos à pecuária no Rio Grande do Sul”, disse o secretário Covatti Filho.
O alerta foi emitido com base em situações registradas no Estado, como a incidência de agressões do morcego hematófago desmodus rotundus a bovinos, sem que tivesse havido conhecimento e identificação de refúgios.
Conforme o coordenador do Programa de Controle da Raiva Herbívora, Wilson Hoffmeister Júnior, a raiva pode ser evitada de forma preventiva, por meio do controle da população de morcegos hematófagos e de vacinação maciça dos animais.
A orientação aos produtores rurais é de que localizem novos refúgios de morcegos-vampiros, mas não tentem capturá-lo por conta própria. A captura é realizada somente pelos Núcleos de Controle da Raiva do Estado, devidamente capacitados, vacinados contra a raiva.
Inverno registra maior número de casos
As equipes são acionadas pelas regionais da Secretaria da Agricultura sempre que houver laudo positivo para raiva em herbívoro ou se forem constatados altos índices de mordedura em animais de produção em determinada região.
As capturas são realizadas com auxílio de redes de neblina (mist-nets) em áreas de mata próximas aos abrigos ou junto às fontes alimentares, ou com puçás se o abrigo for uma casa abandonada, por exemplo. Depois de capturados, os morcegos recebem uma carga de pasta vampiricida sobre o dorso e são soltos.
“O alerta é importante porque o período de inverno é o que registra o maior número de casos, por ser um período de maior estresse dos morcegos hematófagos”, explica o analista ambiental André Witt, do Programa de Controle da Raiva Herbívora.
Municípios com registro de focos:
– Arroio dos Ratos
– Canudos do Vale
– Candelária
– Forquetinha
– Ibirapuitã
– Ivoti
– Lindolfo Collor
– Não-Me-Toque
– Riozinho
– Salto do Jacuí
– Santo Antônio da Patrulha
– Soledade
– Tio Hugo
– Travesseiro
– Vale do Sol
– Venâncio Aires
– Passo do Sobrado
Municípios com risco de evolução de focos:
– Arvorezinha
– Barros Casal
– Cachoeira do Sul
– Caraá
– Espumoso
– Fontoura Xavier
– Gravataí
– Ilópolis
– Itapuca
– Lajeado
– Marau
– Mato Leitão
– Mormaço
– Morro Reuter
– Nova Alvorada
– Osório
– Passo do Sobrado
– Picada Café
– Rio Pardo
– Rolante
– Santa Cruz do Sul
– Sinimbu
– Vera Cruz
– Viamão