Falta de fiscalização pode comprometer Rio Grande do Sul no combate ao Mormo
O Rio Grande do Sul ainda não tem condições de ser considerado zona livre do mormo. A avaliação é do diretor do Sindicato dos Médicos Veterinários no Estado do Rio Grande do Sul (Simvet/RS), João Junior. O Estado pleiteia junto ao Ministério da Agricultura a retirada da condição de exigência de atestado após casos da enfermidade registrados em 2015.
Conforme o dirigente, não há um controle adequado de combate ao Mormo. O diretor do Simvet/RS enfatiza que não existem barreiras de fiscais da Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul para fazer o controle e fiscalização das Guias de Trânsito Animal (GTA) em vias públicas, muito menos em eventos equestres. “Não se enxerga mais o serviço oficial fazendo esta fiscalização. Podemos dizer que não temos este serviço disponível para a sanidade equina”, destaca.
O dirigente lembra também que não há fiscalização do conselho da categoria em eventos equestres para verificar condições de bem estar animal e nem se o médico veterinário contratado está cumprindo as exigências necessárias dentro destas provas. “E mesmo com denúncia, não estão fazendo a fiscalização de veterinários para saber se é o profissional que está fazendo a coleta ou se é o próprio proprietário que realiza a ação, sendo que isto é uma prática ilegal”, frisa.
Outra prática denunciada, de acordo com o diretor do Simvet/RS, é a de que muitas vezes a amostra coletada é de apenas um animal e é colocado o nome de outros dez exemplares. “É o que chamamos de cavalo doador. E temos denúncias de que isso acontece e está virando uma prática comum”, ressalta.
João Junior complementa lembrando que os profissionais que estão fazendo as atividades de forma correta estão se sentido lesados. “Isto são coisas que acabam prejudicando a sanidade equina. Como tudo isto está acontecendo em conjunto, não posso acreditar que estamos prontos para ser uma zona livre de mormo ou de alta qualidade sanitária”, completa o dirigente do Simvet/RS.