Preços da soja sobem e movimentam negócios no Brasil
O mercado brasileiro de soja teve uma semana de preços em elevação e um pouco mais movimentada. O produtor, que estava retraído, aproveitou a melhor das cotações na quinta e retornou ao mercado, principalmente amparado pela alta do dólar frente ao real.
A saca de 60 quilos subiu R$ 84,00 para R$ 85,50 em Passo Fundo (RS) ao longo da semana. Em Cascavel (PR), o preço passou de R$ 82.50 para R$ 84,00. No Porto de Paranaguá, a cotação avançou de R$ 88,00 para R$ 90,00.
Em Rondonópolis (MT), a saca aumentou de R$ 79,50 para R$ 82,00. Em Dourados (MS), a cotação passou de R$ 80,50 para R$ 84,00. Em Rio Verde (GO), o preço subiu de R$ 80,00 para R$ 81,00.
Impulsionado pela alta no exterior e pelo resultado ruim dos leilões do pré-sal, o dólar comercial subiu 2,34%, encerrando a quinta na casa de R$ 4,094. Os prêmios de exportação pouco se mexeram, mas foram pressionados no final da semana.
Em Chicago, os contratos com vencimento em novembro apresentaram quase estabilidade na semana, abrindo o período da US$ 9,36 ½ e encerrado a US$ 9,36 ¾ por bushel. As negociações entre China e Estados Unidos em busca de um acordo comercial dominaram a movimentação dos contratos futuros.
O anúncio de ontem de que os Estados Unidos e a China concordaram em cancelar as tarifas que adotaram durante a guerra comercial de forma gradual, como parte da “primeira fase” do acordo, impulsionou os mercados financeiros. Mas o questionamento sobre quanto terreno o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, concordou em ceder continua. As informações são da agência “Dow Jones”.
O otimismo quanto ao possível fim da guerra comercial começou por comentários do porta-voz do Ministério do Comércio da China, Gao Feng. Foi ele quem anunciou o fim das tarifas de importação caso a “primeira fase” do acordo fosse assinada. “Isto é o que [os dois lados] concordaram em seguir nas negociações cuidadosas e construtivas nas últimas duas semanas”, afirmou.
Mas há relatos conflitantes sobre o compromisso de reduzir tarifas por parte do governo Trump.
“No momento, não há acordo para remover qualquer uma das tarifas existentes como condição do acordo da primeira fase”, disse o consultor sênior de comércio do presidente Trump, Peter Navarro, em entrevista à Fox. “A única pessoa que pode tomar essa decisão é o presidente Donald Trump, e é simples assim “, disse ele.
Agência SAFRAS