Servidores da Corsan fazem passeata em Porto Alegre contra privatização

Em um dia de paralisação de serviços não-essenciais, servidores da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) fizeram, nesta terça-feira, um ato seguido de passeata contra a privatização da empresa.

Em frente à sede da companhia, na rua Caldas Júnior, o sindicato da categoria ergueu uma réplica gigante de privada e lideranças discursaram em um caminhão de som, alertando que as tarifas aumentaram em cidades que concederam os serviços de água e saneamento. Em seguida, os manifestantes caminharam até a Assembleia Legislativa, onde o ato se encerrou.

O presidente do Sindiágua, Arílson Wünsch, disse que o objetivo era chamar a atenção da sociedade para o momento de “entrega de uma companhia de 55 anos que atende 317 municípios de um total 497”. “É uma empresa que presta um serviço de excelência na questão da água. O lamentável é que o governador Eduardo Leite, no seu ímpeto de ser candidato a Presidente da República, queira simplesmente se livrar de tudo que dá lucro”, ressaltou.

Para Wünsch, o chefe do Executivo estadual quer mostrar ao mercado financeiro que é um nome viável. Ele também rebateu a tese de a Corsan não tenha capacidade econômica e financeira para arcar com os compromissos do marco regulatório do saneamento, como alega o governador. A lei prevê a universalização dos serviços de água e esgoto até 2033.

Paralisação 

Em nota, a direção da Corsan informou ter mantido o expediente normal, nesta terça-feira, e orientado as chefias locais a observarem “o correto registro na frequência dos empregados e o atendimento às necessidades dos clientes”.

A empresa alegou que respeita a livre manifestação, mas que não reconhece a paralisação de hoje como um movimento grevista, já que o sindicato não se comprometeu a cumprir os requisitos mínimos previstos na legislação.

Sobre o processo de privatização, que tramita na Assembleia Legislativa, a direção da Corsan não quis se manifestar.

 

 

 

fonte Rádio Guaíba