Proposto pela Assembleia, mutirão da saúde deve fazer 200 mil atendimentos em um ano
A proposta da Assembleia Legislativa de promover um mutirão de cirurgias represadas por causa da pandemia foi acolhida pelo Governo do Estado e se transformou no programa Cirurgia+, que estima realizar 200 mil atendimentos em um ano. Anunciada em agosto pelo presidente da Casa, deputado Gabriel Souza, a iniciativa sugeriu reduzir as filas de espera por procedimentos no RS com recursos das privatizações. Para isso, considerou os dados levantados na pesquisa realizada em parceria com o Cremers em julho, que identificou a necessidade de atendimento da demanda de consultas, exames e cirurgias que não foram realizados entre 2020 e 2021.
O Executivo lançou o novo programa na quarta-feira (1º) em evento no Palácio Piratini. Na ocasião, o governador Eduardo Leite enalteceu o papel do presidente Gabriel nas ações pela saúde. “O deputado tem se debruçado com muita atenção à esta demanda. A Assembleia fez pesquisa de opinião com o Cremers para poder acompanhar o tema, ajudou os hospitais com aportes extraordinários junto a outros Poderes, e nos instigou com a questão das filas de espera”, destacou.
Já o presidente Gabriel relembrou os indicadores do levantamento elaborado pelo Instituto de Pesquisa de Opinião (IPO) – confira aqui -, que ouviu a urgência dos gaúchos para a mitigar a espera dos pacientes. “O mutirão de cirurgias, consultas e exames é uma das soluções que apresentamos a partir do projeto O RS PÓS-PANDEMIA. Com ele, ouvimos ao longo deste ano especialistas e a população para entender as principais necessidades oriundas da crise. E que agora terá um importante desfecho, levando mais dignidade e qualidade de vida para os gaúchos”, afirma.
Sobre o Cirurgia+
O programa prevê a ampliação temporária de acesso à realização de consultas, exames e procedimentos cirúrgicos eletivos, que serão financiados com o recurso de R$ 85 milhões do Tesouro do Estado. O valor será aportado em hospitais que prestam serviços pelo SUS, com prazo de 12 meses para realização. Além disso, poderão ser aplicados mais R$ 86,4 milhões pelos municípios com o recurso oriundo do pagamento da dívida do Estado – também anunciado nesta quarta – com os mesmos. Com isso, será possível alcançar até R$ 171,4 milhões.
Segundo o Governo do Estado, a iniciativa atenderá as maiores filas de espera, que estão em sete especialidades médicas: traumatologia, cirurgia geral, vascular, otorrinolaringologia, oftalmologia, ginecologia e urologia. A estimava é fazer 200 mil atendimentos em cerca de 220 hospitais. As instituições interessadas que preencherem os requisitos elencados conforme normativa a ser publicada pela Secretaria Estadual da Saúde poderão aderir ao programa.