Caçapava do Sul enfrenta desabastecimento de água

Em função da estiagem, Caçapava do Sul atingiu o esgotamento da Barragem da Fonte do Mato, principal fonte de abastecimento da cidade. Neste local, restam apenas pequenos volumes de água que não são suficientes para fazer a captação. Diante dessa situação crítica, desde a última quarta-feira (19), a população está recebendo água em vazão e pressão reduzidas. Além disso, alguns locais da cidade já enfrentaram desabastecimento por cerca de 12 horas seguidas.

– Nesse momento, as pessoas estão recebendo a metade de água necessária. Estamos fazendo um ajuste operacional para reduzir a pressão e a vazão do sistema para que todos tenham água, mas em um volume menor. Durante o dia de ontem, tivemos uma interrupção no sistema para fazer esses ajustes no sistema. Tivemos que fazer uma acumulação no reservatório da estação de tratamento e, para isso, deixamos o sistema sem água por um período de 12 horas – explicou Maximiliano Alves de Moraes, superintendente regional da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) de Caçapava do Sul.

O representante da Corsan ainda detalhou como são feitos os ajustes para garantir o abastecimento de toda a população. Cerca de 30% da água é captada por meio da Barragem do Salso e 20% por nove caminhões-pipa, que recolhem água bruta e fazem o transporte até a estação de tratamento.

– Hoje, trabalhamos apenas com a Barragem do Salso e com um complemento para a distribuição de água por meio de caminhões-pipa, que trazemos da (localidade) das caieiras, que tem uma acumulação de água importante. Levamos os veículos para a estação de tratamento, tratamos a água e distribuímos pela rede normal da população. Com isso, conseguimos chegar a um volume de aproximadamente 50% do necessário para o abastecimento – comentou Moraes.

Conforme o superintendente da Corsan, nesta quinta-feira,apenas um bairro está com falta de água. A expectativa é conseguir normalizar os ajustes até o final de semana. Por isso, Moraes alerta que ainda é possível acontecer desabastecimento em algumas regiões da cidade.

– Esperamos que a nossa ação operacional funcione, desde que haja a colaboração da população, mas não descartamos a possibilidade de racionamento caso se prolongue a estiagem – relatou o superintendente.

 

 

 

Fonte Diário Santa Maria