Cachoeira realiza evento regional sobre a luta antimanicomial nesta quinta-feira

Secretaria Municipal da Saúde, através da equipe multiprofissional de atenção especializada em saúde mental (Ament), em parceria com a 8ª Coordenadoria Regional de Saúde, realiza nesta quinta-feira (25/05) um evento regional alusivo ao Dia Nacional da Luta Antimanicomial – celebrado oficialmente no último dia 18. A programação terá início às 13h, no Auditório da Sicredi, integrando o Fórum de Saúde Mental, promovido mensalmente pela 8ª CRS entre as 12 cidades que integram a região, nesta edição focando o contexto da reforma psiquiátrica no Brasil e trajetória que o modelo pela humanização e socialização destes pacientes percorreu até o momento.

Com o tema “Conversando sobre a luta antimanicomial: da vivência às práticas atuais”, o painel apresentará palestras de três profissionais da 3ª Coordenadoria Regional de Saúde, sediada em Pelotas, que são referência em saúde mental na área onde atuam: a enfermeira doutora em Ciências, Maria Carolina da Costa Pinheiro; a enfermeira coordenadora de Política de Saúde Mental da 3ª CRS, Paula Campelo; e a psicóloga da 3ª CRS, Janine Gudolle de Souza. Além dos servidores da saúde, profissionais da área da educação municipal também foram convidados ao evento, assim como profissionais da rede de atenção básica de Cachoeira do Sul e acadêmicos da saúde.

A LUTA

O Movimento da Luta Antimanicomial faz lembrar que, como todo cidadão, estepacientes têm o direito fundamental à liberdade, o direito a viver em sociedade, além do direto a receber cuidado e tratamento sem que, para isto, precisem abrir mão de sua cidadaniaA partir da reforma psiquiátrica preconizada nos anos 60, com projeto aprovado e sancionado somente em 2001, houve a reorganização do modelo de atenção em saúde mental no país a partir de serviços abertos, comunitários e territorializados, buscando a garantia dos direitos de usuários e familiares, historicamente discriminados e excluídos da sociedade. Consolidaram-se, então, os chamados serviços substitutivos, como forma de garantir o tratamento humanizado a esses transtornos e a manutenção do elo do paciente e sua família.