Brasil chega a 53 casos e oito mortes por febre maculosa em 2023

O Brasil registrou 53 casos de febre maculosa ao longo deste ano, conforme atualização do Ministério da Saúde. Desse total, oito evoluíram para a morte do paciente. O Rio Grande do Sul não registra casos da doença neste ano, mas teve dois no ano passado, conforme o governo federal.

A Região Sudeste é a que concentra a maioria dos registros, com 25, sendo oito no Espírito Santo, sete em São Paulo, seis no Rio de Janeiro e quatro em Minas Gerais. Na sequência, aparece a Região Sul, com 17 casos, todos em Santa Catarina. O Estado catarinense teve, ainda, 39 casos e dois óbitos em 2022.

Na soma do ano passado, foram registrados 190 casos da doença no Brasil — 119 no Sudeste, 46 no Sul, quatro no Nordeste, um no Centro-Oeste e outros 20 sem identificação da região  —, com 70 mortes. Já somando os últimos 16 anos, o RS contou com 15 casos de febre maculosa, mas não houve óbitos. O recorde da região Sul se verificou em 2014 com 56 casos, sendo 51 em Santa Catarina.

O Ministério da Saúde informa que distribui aos Estados os antibióticos específicos indicados para o tratamento da febre maculosa e promove ações de capacitação direcionadas às vigilâncias regionais. Além disso, a pasta destaca que tem divulgado diretrizes técnicas e recomendações de conduta para os cuidados clínicos dos pacientes com suspeita da doença e de vigilância ambiental, bem como materiais educativos para prevenção.

A febre maculosa, de acordo com o Ministério da Saúde, é uma doença infecciosa que apresenta formas clínicas leves e outras graves, com elevada taxa de letalidade. A doença é causada por uma bactéria do gênero Rickettsia, transmitida pela picada do carrapato infectado.

A recomendação da pasta para caso de manifestação de sintomas compatíveis, tais como febre, dor no corpo e manchas avermelhadas na pele, é procurar uma Unidade Básica de Saúde.