Capacitação em zoonoses reuniu 60 profissionais no Sicredi

A capacitação organizada pelo Departamento de Vigilância em Saúde (DVS) na tarde desta quinta-feira (30/11), no Auditório do Sicredi, reuniu em torno de 60 profissionais ligados aos setores da saúde humana, animal e ambiental para temas relacionados às zoonoses. A partir da confirmação oficial de um caso de leishmaniose, ocorrida no último dia 20 e que motivou um alerta epidemiológico à comunidade pela Secretaria Municipal da Saúde, os municípios da região foram mobilizados em torno dos protocolos preconizados pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS). A pauta central do evento foi “Saude Única com ênfase em zoonoses, esporotricose e leishmaniose”.

abertura da programação ficou a cargo da médica veterinária Lenise Nascimento Flores Dias, especialista em saúde do CEVS/RS, ficando a condução dos trabalhos com a palestrante Ana Júlia Santos Thoma, médica veterinária formada pela UFSM e residente em Medicina Veterinária do Coletivo Saúde Única pela UFPR. O conceito de saúde única remete à abordagem global multissetorial e integrada que visa equilibrar e otimizar de forma sustentável a saúde de pessoas, animais e ecossistemas. O caso da leishmaniose, por exemplo, trata-se de zoonose antiga – transmissão entre humanos e animais – e o modo de transmissão habitual ocorre por meio da picada do chamado mosquito palha.

Segundo alerta divulgado pelo DVS, a doença costuma ser recorrente em população localizada em áreas com a circulação do vetor associadas às condições inadequadas de saneamento. A leishmaniose visceral é uma doença sistêmica, pois acomete vários órgãos internos, principalmente o fígado, o baço e a medula óssea. Esse tipo de leishmaniose atinge essencialmente crianças de até dez anos, se tornando menos frequente após essa idade. Os sintomas incluem feridas nas mucosas do nariz, da boca e da garganta. Pessoas que apresentarem algum indício suspeito devem procurar a unidade de saúde mais próxima de suas residências.