Vigilância Sanitária confirma dois novos casos e emite alerta contra a dengue em Cachoeira
O Departamento de Vigilância em Saúde (DVS) da Secretaria Municipal da Saúde emitiu nesta sexta-feira (26/01), um alerta epidemiológico acerca da evolução da dengue em Cachoeira do Sul em 2024. A nota pública foi motivada pela confirmação, nesta data, de duas ocorrências da doença no município pelo Laboratório Central do Estado (Lacen), sendo ambas consideradas casos importados, um do estado do Paraná e o outro de Santa Catarina. O avanço da doença tem sido verificado em vários pontos do país (no Distrito Federal o aumento é de 646% neste início de ano) e tem sido atribuído às alterações climáticas provocadas pelo fenômeno conhecido como El Niño, as quais contribuem para infestações por Aedes aegypti e para a explosão de casos de dengue registrada no Brasil. “A combinação de altas temperaturas e chuvas intermitentes é a receita perfeita para a proliferação do mosquito”, alerta o coordenador do DVS, Luís Carlos Adorne.
A dengue é causada por um vírus RNA do gênero Flavivírus, dividido em quatro sorotipos, seu período de incubação pode variar de quatro a 10 dias, sendo em média de cinco a seis dias no período. A transmissão ocorre enquanto houver presença de vírus no sangue da pessoa (período de viremia). Este período começa um dia antes do aparecimento da febre e vai até o sexto dia da doença, neste momento sendo recomendado o uso do repelente como medida de controle de transmissão para as pessoas próximas. Diante da iminência de uma alta circulação viral, o alerta da saúde municipal orienta as pessoas que apresentarem sintomas como febre alta (39° a 40°C) de início abrupto, que geralmente dura de dois a sete dias, acompanhada de dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, fraqueza e abatimento, dor nos olhos, coceira e erupção avermelhada na pele intensifiquem imediatamente a hidratação oral e procurem com brevidade um serviço de saúde para diagnóstico e tratamento adequados.
A nota técnica explica à população que sintomas de anorexia, náuseas e vômitos são comuns. Podem ocorrer ainda manifestações hemorrágicas leves como manchas avermelhadas e sangramento de membranas mucosas. A presença de fatores de risco como idade, etnicidade, comorbidades e alguma infecção secundária determinam a gravidade da doença. Crianças podem ser mais suscetíveis às formas graves da dengue.
PREVENÇÃO
A principal forma de prevenir a dengue é combatendo o seu vetor, eliminar focos de mosquito todas as semanas, pois o ciclo de ovo do mosquito é de sete dias. Cuidados como uso de repelentes e inseticidas para ambientes com registro na Anvisa, mosquiteiros, telas nas janelas e fechar a casa cedo são importantes. Adotar a limpeza das áreas externas de residências e estabelecimentos comerciais, eliminando focos de água parada seja em objetos ou plantas, são as principais medidas de combate à circulação do Aedes aegypti.