Eficiência energética vai ficar mais rígida no Brasil e tirar alguns modelos de geladeiras das lojas
O selo de eficiência energética colado na porta de cada geladeira está passando por uma fase de mudanças, que começou em 2021 e deve terminar só em 2030.
Tem até produto que vai sair das lojas por conta das alterações nessas regras. Mas isso só vai ocorrer mesmo em 2026 – as marcas ainda podem fabricar em 2024 e o varejo, vender até o fim de 2025.
Tudo isso para deixar a conta de luz mais barata para o consumidor. A longo prazo, o País consome menos. Mas os preços dos produtos não devem subir, segundo os fabricantes.
Isso porque grande parte dos modelos importados já está pronta para as regras dos próximos anos, e as marcas nacionais estão adaptando as fábricas para produzir geladeiras mais eficientes.
A mudança dessas regras foi discutida pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) em parceria com as fabricantes de geladeiras e freezers, representados pela Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros).
É o Inmetro que certifica as geladeiras e tantos outros produtos com selos de capacidade de eficiência energética. Segundo Marcelo Monteiro, diretor do Inmetro, “classificar em faixas de consumo ajuda ao consumidor saber o está comprando”.
Hoje a tabela de selos parece um pouco confusa para o consumidor: os níveis começam em A+++, A++, A+ e A para as mais eficientes, seguidas por B, C, D e E, o menos eficiente.
Em alguns anos, os equipamentos terão apenas classificação A, B e C.
A meta é que, em 2030, as geladeiras vendidas no país estejam em níveis similares de eficiência energética aos encontrados na União Europeia, que fez a mudança de classificação no começo da década.
Vai ficar mais caro?
No fim de 2023, uma resolução do Ministério de Minas e Energia mudou as regras desse processo para os fabricantes, restringindo a manufatura e venda de geladeiras pouco eficientes até 2025.
A nova regra diz que as geladeiras consideradas com baixa eficiência energética – selos C, D e E – poderão ser fabricadas até dezembro deste ano.
Os produtos que sobrarem em estoque podem ser vendidos nas lojas até o final de 2025.
Com isso, também surgiu um temor de que os preços iam aumentar.
De acordo com as marcas e com o próprio Inmetro, essas geladeiras que gastam mais – quase sempre aqueles refrigeradores de uma porta só, com congelador integrado – não vão sumir das lojas.
A mudança na classificação do selo do Inmetro já estava planejada com os fabricantes para 2026 e 2030.
Porém, em dezembro de 2023, o Ministério de Minas e Energia publicou uma resolução, chamada de “Programa de Metas para Refrigeradores e Congeladores”, que apertou um pouco as regras para essas empresas.
Diz o ministério, em nota: “Os prazos definidos visam permitir que os fabricantes, importadores e comercializadores se adequem aos novos índices, e escoem os produtos já fabricados com os atuais índices”.
Fonte O Sul