Alistamento militar feminino começa em janeiro. No RS apenas vagas em Canoas e Santa Maria
Mulheres que completam 18 anos em 2025 poderão, de 1º de janeiro a 30 de junho, realizar o alistamento militar voluntário. A iniciativa inédita nas Forças Armadas foi anunciada pelo Ministério da Defesa nessa semana. Serão ofertadas cerca de 1,5 mil vagas em 28 municípios de 13 estados e no Distrito Federal – 155 vagas na Marinha, 1.010 no Exército e 300 na Aeronáutica.
A primeira turma do serviço militar feminino terá início em 2026. O processo de alistamento será semelhante ao serviço militar obrigatório, realizado pelos homens ao atingirem 18 anos. Para o subchefe de Mobilização da Defesa, Contra-Almirante André Gustavo Guimarães a entrada das mulheres no serviço militar inicial qualificará ainda mais a força de trabalho que ingressa nas Forças Armadas. “Elas vão poder entrar e conhecer as Forças, e participar de todo esse processo que implica em uma transformação social, uma transformação do caráter da cidadã”, concluiu.
Alistamento
As candidatas poderão se alistar pela internet por meio do site alistamento.eb.mil.br ou presencialmente em uma Junta de Serviço Militar (veja cidades abaixo). Para o alistamento voluntário, é preciso que as candidatas residam em um dos municípios contemplados no Plano Geral de Convocação e completem 18 anos em 2025 (ou seja, nascidas em 2007).
Entre os documentos solicitados, estão: certidão de nascimento ou prova de naturalização; comprovante de residência; documento oficial com foto, como identidade ou carteira de trabalho.
Como funciona
O processo de recrutamento será realizado nas seguintes etapas: alistamento, seleção geral e seleção complementar, designação/distribuição e incorporação. Uma vez incorporadas, as mulheres ocuparão a graduação de soldado e terão os mesmos direitos e deveres dos homens.
As selecionadas poderão escolher a Força Armada na qual desejam trabalhar: Exército, Marinha ou Aeronáutica. Porém, a incorporação levará em conta a aptidão da candidata e a disponibilidade de vagas.
As recrutas serão incorporadas em 2026 e cumprirão 12 meses de serviço militar – que pode ser prorrogado até oito anos, se houver interesse da Força Armada e da própria militar.
O Ministério da Defesa pretende aumentar, progressivamente, o número de mulheres recrutadas pelo Serviço Militar Inicial Feminino, atingindo o índice de 20% das vagas.
Cidades com vagas
Para 2025, serão oferecidas vagas para mulheres que morem nos seguintes municípios:
Águas Lindas de Goiás (GO)
Belém (PA)
Belo Horizonte (MG)
Brasília (DF)
Campo Grande (MS)
Canoas (RS)
Cidade Ocidental (GO)
Corumbá (MS)
Curitiba (PR)
Florianópolis (SC)
Formosa (GO)
Fortaleza (CE)
Guaratinguetá (SP)
Juiz de Fora (MG)
Ladário (MS)
Lagoa Santa (MG)
Luziânia (GO)
Manaus (AM)
Novo Gama (GO)
Pirassununga (SP)
Planaltina (GO)
Porto Alegre (RS)
Recife (PE)
Rio de Janeiro (RJ)
Salvador (BA)
Santa Maria (RS)
Santo Antônio do Descoberto (GO)
São Paulo (SP)
Valparaíso de Goiás (GO)
Mulheres nas Forças Armadas
As Forças Armadas possuem 37 mil mulheres, o que corresponde a cerca de 10% de todo o efetivo. Atualmente, as mulheres atuam nas Forças Armadas nas áreas de saúde, ensino, logística e combatente. Elas ingressam por meio de concursos públicos específicos em estabelecimentos de ensino, como a Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx), a Escola de Saúde e Formação Complementar do Exército (ESFCEX), Escola de Sargentos de Logística (EsSLog) o Instituto Militar de Engenharia (IME). Existe, ainda, a opção de ingresso por meio de processo seletivo, no caso de militares temporárias.